sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

População de borboletas-monarca está em declínio

Há riscos de a borboleta-monarca (Danaus plexippus), inseto encontrado nas Américas, entrar para a lista de espécies ameaçadas. O aquecimento global e a redução de áreas dos seus habitats são as maiores causas. Segundo especialistas e pesquisadores desta borboleta, a perda dessas espécies causaria um problema sério para todos os ecossistemas, já que ela tem a função de ser uma espécie de termômetro sobre a conservação e a manutenção do clima nos ambientes por onde passa.

“As borboletas-monarca estão para o clima e conservação como o canário está para as minas de carvão. São as primeiras a morrer e servem de sinal para um problema grave”, afirmou Maxim Larrivée, professor da universidade de Ottawa e criador do ebutterfly.ca, portal lançado neste ano para a observação de borboletas. As borboletas são espécies muitos sensíveis e vulneráveis às mudanças. O desaparecimento das monarcas é um claro sintoma de que algo vai mal com a biodiversidade. Os maiores problemas encontrados pelas monarcas estão no México, local onde costumam passar o inverno. Com o aumento da temperatura global, elas não estão conseguindo sobreviver e acabam morrendo antes mesmo do acasalamento. A ONG WWF já havia alertado sobre a queda do número de borboletas naquele país.

Para tentar a sobrevivência, as borboletas-monarcas estão buscando habitats em locais onde nunca haviam sido vistas antes. Na cidade de Edmonton, no Canadá, as borboletas foram vistas pela primeira vez neste ano, um sinal de que estão sendo obrigadas a irem mais ao Norte para buscar ambientes frios. O problema da ida das borboletas para estes lugares é que elas não conseguem retornar para o Sul, onde desenvolvem as suas larvas.

Mesmo com o alerta dos cientistas, não existe uma política específica para a manutenção das borboletas. “Estados Unidos, Canadá e México sabem da importância das monarcas, mas quase todos os esforços de proteção são realizados por organizações não governamentais e cientistas”, disse Jorge Rickards, diretor da WWF.

Fonte: www.terradagente.com.br

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